...tentei proteger Constância de mais chuva mas..... não foi suficiente!
Está sempre presente um olhar muito pessoal, um pensamento, uma ideia, uma opinião ou uma critica, sempre que espreito através do visor da máquina fotográfica.
domingo, 31 de março de 2013
Artistas...
Estão abertas as candidaturas para a 9ª edição do
BesRevelação, um dos “mais importantes” prémios nacionais de fotografia.
Mas atenção: destina-se apenas a artistas com menos de 30
anos de idade.
Quer isto dizer que existe uma idade para se revelar
artisticamente.
Será que a ideia, o conceito, a irreverência, a possibilidade
e o direito de poder questionar são estados reservados apenas a menores de 30
anos?
Nada disso.
É que este prémio é patrocinado por um Banco.
E o que fazem os Bancos? Ganham dinheiro. Investem meia dúzia
de patacos, exercem a sua influência e ganham milhares.
Vejamos: um artista com 30 anos tem muito tempo para “dar”
ao Banco. Muito mais do que um que se queira “revelar” aos 60.
Não é sensato investir num recém-artista que tenha 60 anos.
Tem pouco tempo para o Banco amortizar o seu investimento. Ele, o Banco, quer
carne fresca, para alimentar algum tempo, para depois valorizar e vender a sua
coleção a troco de muito mais do que investiu. É a logica do mercado.
Neste caso, o Banco alicia com 7500 euros e uma exposição em
Serralves. A partir daí, como o sistema está montado, já se pode considerar um “artista”.
Como diz Jorge Calado (um dos homens que em Portugal mais
sabe sobre fotografia), na sua rubrica semanal “tabela periódica” no caderno “Atual”
do jornal “Expresso” do dia 19 de janeiro último, “(…) Em Portugal não há
mercado de fotografia e os preços são regidos por conspirações entre artistas,
galeristas, curadores e instituições colecionadoras. Ouve-se falar em 50 mil ou
100 mil por dá cá aquela palha. Os estrangeiros não compram e as obras ficam em
Portugal, adquiridas pelos suspeitos do costume (…)”.
Se é Jorge Calado que o diz, quem sou eu para o
desmentir!...
Entretanto eu, lá me vou ter de me contentar a divulgar o
meu trabalho em blogues e no facebook.
Um dia, quem sabe, o governo ainda vá criar um novo imposto
sobre o ato criativo a aí sim, muitos de nós iremos ser reconhecidos como… artistas!
Finalmente.
quarta-feira, 27 de março de 2013
A janela
Há janelas assim.
Deve abrir... mas é melhor ter muito cuidado.
Resta-me saber se ela tem vida própria, se pode cair a qualquer momento, se está a querer passar despercebida ou se quer mesmo dar nas vistas.
Deve abrir... mas é melhor ter muito cuidado.
Resta-me saber se ela tem vida própria, se pode cair a qualquer momento, se está a querer passar despercebida ou se quer mesmo dar nas vistas.
quinta-feira, 14 de março de 2013
Repetições
Vi na rede (incluindo o facebook, claro) inúmeras imagens deste local do passado fim de semana em que as águas subiram um pouco mais do habitual.
O meu desafio era apenas o de ir ao local e tentar fazer uma fotografia diferente de todas as outras que já tinha visto.
Acho que consegui. Mas tive de estar atento e esperar que tudo ficasse "composto" como estaria a imaginar na altura.
Bastou esperar.... e esperar...... e depois explorar a oportunidade.
Escolhi esta para vos mostrar. Espero que tenha conseguido uma fotografia diferente...aos vossos olhos também.
segunda-feira, 11 de março de 2013
quinta-feira, 7 de março de 2013
Cantos, recantos...
... e outros encantos!
Foi o mote para mais uma exposição do Grupo de Fotografos Amadores do Ribatejo, que vai inaugurar já no proximo sábado, 9 de março, no Posto de Turismo de Constância.
Fica aqui o convite e a minha contribuição.
Foi o mote para mais uma exposição do Grupo de Fotografos Amadores do Ribatejo, que vai inaugurar já no proximo sábado, 9 de março, no Posto de Turismo de Constância.
Fica aqui o convite e a minha contribuição.
Esta fotografia foi captada num final de tarde e já foi publicada aqui, neste blogue, assim:
Para lá das margens
Ali estava
eu.
Mediando o olhar entre o
rio e a ponte, entre a ponte e a outra margem.
Não estava frio, não
havia vento.
Do lado de lá, esperava
que uma brisa calma pudesse chegar a este lado.
Passa um automóvel, dois,
mais uma ambulância e um camião e mais três automóveis.
Uns para lá, outros para
cá.
O movimento repetia-se a
curtos espaços de tempo.
Mas de repente, tudo
acalmou. Nem um automóvel mais.
Apenas o silêncio da
noite e a solidão da ponte.
O rio, esse, brevemente
iria cruzar-se com outro lá mais adiante.
Ainda pude ver os dois,
passeando de braço dado, em direção à cidade.
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