A lua é mentirosa.
Aprendi isso numa peça de teatro que ajudei a encenar com malta
nova, há mais de duas décadas no GETAS, quando era dirigente e membro
ativo.
Foi Rómulo de Carvalho, perdão, António Gedeão, que nos
ensinava que a lua quando parece um C é de fato Decrescente e quando a sua
curvatura é em forma de D é na realidade, Crescente.
E ontem lembrei-me disso.
Desafiei o Sérgio e lá fomos nós noite dentro, em direção aos
Moinhos de Entrevinhas acompanhados pelo António, o rapaz do "fogo".
Íamos fotografar o luar apenas por divertimento e como forma
de contraponto á esperada proliferação de "luas" que iriam aparecer
por aí nas redes sociais.
Fotografar o reflexo lunar é diferente do que fotografar a
lua.
A lua sendo a mesma, é igual em muitos casos, já a luz que
ele reflete depende da paisagem onde nos encontramos.
Mas rapidamente o António me fez perceber que a imaginação e
a criatividade podem estar muito além daquilo que teimosamente tentamos ver
como realidade.
Há a lua e o luar. A realidade e a imaginação.
E pouco a pouco lá me fui deixando levar na aventura.
Até que me encontrei bem dentro do espirito aventureiro do
escuro e das lanternas, da luz e do faz de conta, do programado e da surpresa.
Foi divertida a aventura com o António.