terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tem dias.....

Hoje, uma amiga especial e fiel seguidora deste blogue comentou o facto de eu ter estado mais de uma semana sem colocar aqui nada e que de repente tinha colocado duas entradas em dois dias seguidos.
Pois é. Tem dias.
Mas como se costuma dizer que não há duas sem três, e em forma de brincadeira, não resisti: aqui está a terceira.
 
 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Pereiro, Mação.


Tarde de sábado sem grandes compromissos mas com vontade de fazer qualquer coisa que me pudesse fazer sentir que o tempo pudesse ser aproveitado de uma forma mais saudável que o tradicional "passar o tempo". Talvez uma alternativa à espera que o tempo passasse e que a segunda-feira chegasse para mais uma semana.
Apetecia-me evadir com a alma, deixar as coisas terrenas por uns instantes, apetecia-me libertar e fotografar sem me questionar. Deixar o olhar fluir sem qualquer compromisso.
Fui ao facebook e vi as alternativas.
Pereiro, Mação. Boa.
Ruas enfeitadas, ou melhor, Capital da Ruas Enfeitadas.
Pelo menos é o que se pode ler nas placas à entrada da aldeia.
Aqui alguns estados de alma dessa tarde.
Ah, importante. A viagem.
Tão importante como lá chegar é a forma de o fazer.
Levei comigo o álbum Pale Sun, Crescent Moon (1993) de Cowboy Junkies.
Há mais de um ano que não ouvia este disco.
Soube-me bem.
Tudo.

 


 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


A noite


Lembrei-me da noite.
Da noite cúmplice e misteriosa da nossa juventude.
Da noite em que nos deitávamos num muro qualquer, no escuro, a olhar as estrelas, a tentar perceber o que somos, o que andamos aqui a fazer...
E lembro-me de sentir o quanto podemos ser pequeninos no meio disto tudo.
É a idade de descoberta, da introspeção, da vontade de saber de tudo.
E por vezes  fico apreensivo quando volto a pensar nessas questões de novo.
É que muitas das nossas dúvidas da altura continuam sem resposta, ou com soluções pouco entendíveis, pouco lógicas, pelo menos para uma sociedade que queremos desenvolvida.
Os tabus, os medos, a acomodação às coisas, o próprio pensamento, etc, continuam a ser estados que pouco têm evoluído.
Teimam em ficar em segundo ou terceiro plano nas prioridades de cada um.
São fatores desconhecidos.
E sabemos bem o que o desconhecido causa em nós.
Ergue barreiras, propicia o medo e desliga a inquietação.
É mais fácil assim.
Mesmo sabendo que assim tenhamos de viver em função dos outros.
Em função do que está instituído.
O problema é que uma sociedade desenvolvida para se afirmar como tal precisa de se questionar, de se renovar, de contrapor, de exigir.
E a sociedade somos todos nós.
Se individualmente não conseguirmos questionar, é uma utopia consegui-lo em sociedade.
 
Estas fotografias foram captadas no Sardoal, a 6 de agosto ultimo, durante uma falha de corrente elétrica que deixou parte da vila às escuras.
 
(clique para ampliar)