quarta-feira, 28 de maio de 2014

Claro/escuro

Apenas uma brincadeira com o ponto de vista.


quinta-feira, 22 de maio de 2014

Andar na linha


É uma provocação, claro. 
Andar na linha pode ser apenas uma forma de estarmos bem na vida, aos olhos dos outros, claro.
Mas também pode ser uma forma de andarmos consoante as nossas convicções e as nossas vontades.


terça-feira, 20 de maio de 2014

terça-feira, 13 de maio de 2014

Natureza

Entre o azul do céu e o verde do chão.





A nuvem que foi à festa

Apareceu assim de repente, tentando que ninguém a visse.
Teve coragem.
Não seria fácil. Talvez pensassem que ela quereria estragar a festa.
Mas não.
Aquela nuvem apenas queria voar um bocadinho e até acabou por ir à boleia da brisa.
Mas acho que só eu a vi e lhe disse olá.
Porque também fui à festa.
Contou-me ela que outra nuvem tinha tentado voar mas acabou por desistir.
Não arriscou. Sempre teve medo de voar, contou-me ela. Faltou-lhe a vontade, acrescentou.
Sim, continuou ela, que quando uma nuvem tem vontade de ir à festa...vai.

(Sobre uma nuvem, Constância, Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem, 2014)


domingo, 4 de maio de 2014

A arte

Fantástica crónica de José Tolentino Mendonça na revista do expresso deste fim de semana.
É sobre arte. E sobre a mãe, hoje que se comemora o seu dia.

Diz ele que o valor da arte (e por vezes o seu significado) está dependente do dinheiro que alguém esteja disposto a pagar. Os objetos artísticos tornaram-se mercadoria e entram num circuito como qualquer ramo do comércio.

Isto tudo porque o fotografo Tatsumi Orimoto decidiu que o seu dever e a sua arte passariam a ser uma coisa apenas: cuidar da sua mãe, que sofre de depressão e Alzheimer.
Surge assim o projeto Art Mama, onde reflete sobre a maternidade, a doença, os laços familiares e sobre as formas de relação com a alteridade, que é quando o outro está perdido nos labirintos da dor e da memória.

A relação do mercado da arte com este projeto, é que Orimoto desenvolve uma arte profundamente critica em relação às prioridades, aos cânones de beleza e aos modelos de felicidade contemporâneos.

Nas suas fotografias, diz Tolentino, "ele dá a ver o mundo dos idosos, esse humaníssimo mundo onde os direitos são relativizados e sobre o qual recaiu uma condenação de invisibilidade. A metáfora visual que os seus rostos desprotegidos desenham recoloca-nos perante as perguntas essenciais. E a verdade é que precisamos mais de uma arte que (nos) faça perguntas do que uma industria para decorar paredes."

Mais sobre este projeto AQUI ou AQUI