segunda-feira, 29 de março de 2010

Limpar Portugal e… talvez mais algumas coisas!

O dia apresentava-se muito chuvoso. Faltava meia hora para a concentração e chovia torrencialmente. Eu a e Manuela contactámos a responsável concelhia pelo projecto, a Joana Ramos e combinámos comparecer no local previsto para a concentração, a Escola EB 2,3/S Drª Maria Judite Serrão Andrade. Tudo indicava que a iniciativa teria de ser adiada. A frustração era visível. Tanto trabalho para nada. Esperámos um pouco. A chuva abrandou, o pessoal começou a aparecer, os veículos estavam a postos. Voltou o ânimo, o entusiasmo e a possibilidade de concretizar o projecto: “Aconteça o que acontecer, vamos avançar”. Mais de 80 voluntários divididos em três percursos pré-definidos avançavam para as tarefas: um percurso na floresta, um pela estrada normal e outro por caminhos mistos. E equipa da escola avançou pela floresta (com a presença de alguns professores e alunos do projecto ECO-ESCOLAS), a equipa da AJS (Associação de Jovens de Sardoal) foi para a estrada e os utentes da Santa Casa da Misericórdia avançaram para o caminho misto. A minha função era fazer a cobertura fotográfica e apoiar na medida do possível, na gestão dos transportes disponíveis: um camião e uma pick-up da Câmara Municipal, uma pick-up da Junta de Freguesia de Sardoal, e o todo o terreno da GNR e dos “Canarinhos”. Os recursos eram os possíveis e era necessário que o camião ficasse com alguma mobilidade para acudir às frequentes descargas das carrinhas todo o terreno. Correndo o risco deste post ser demasiado longo e por consequência, menos lido, não posso deixar de referir a excelente contribuição no terreno, da GNR e da equipa dos “Canarinhos” que trabalharam, como se diz na gíria popular, “como o caraças”. Mas houve mais apoios igualmente preciosos: A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Sardoal, a Farmácia Passarinho, a Valnor, a Santa Casa da Misericórdia e a população em geral (não aqueles que teimam em depositar o lixo em qualquer lado, sabendo que o podem fazer legalmente e em condições) mas todos aqueles que se voluntariaram para “remediar” a má prática dos outros. Para terminar e dando alguma ligação ao título deste tópico, também gostaria de agradecer o esforço da nossa comunicação social, que foi notável: a rádio tágide passou a manhã inteira a transmitir os “discos pedidos”, a rádio Antena Livre passou todo o dia numa causa não menos nobre, a festa de “um dia pela vida”, esquecendo-se que havia mais vida fora das “confortáveis cadeiras” do estúdio montado no local, para não falar, claro na imprensa escrita (Primeira Linha, Jornal de Abrantes, Nova Aliança e ABARCA) que apenas destacaram Abrantes, com fotos dos políticos locais em primeiro plano. Nos dias seguintes a postura foi a mesma: nada de perguntas, nada de interesse em saber absolutamente nada. O movimento associativo nacional espontâneo, a luta por causas e tudo o que isso pode significar ficaram para segundo plano. Mas isso, claro, não é um assunto que seja perceptível por todos. Para a estatística ficam aqui alguns dados e algumas fotos. - restos auto – 20 kg - carcaças de frigoríficos – 5 kg . plásticos – 100 kg - papel – 100 kg - vidros – 250 kg - roupa/tecidos – 600 kg - lixo contaminado – 30 kg -pneus – 5 kg

sábado, 27 de março de 2010

A SINA! …

Combinação de circunstâncias ou de acontecimentos que influem de um modo inelutável (contra que não se pode lutar; invencível; inevitável; fatal; Determinar antecipadamente; Destino; sorte; fortuna; Providência; fatalidade; Fim de vida; Para contrariar este estado, lembro Fernando Tordo e da sua brilhante composição “Adeus tristeza” que considero das mais belas músicas portuguesas. (… ) Não ando cá para sofrer mas para viver E o meu futuro há-de ser o que eu quiser (…) E fica a questão fundamental: o nosso futuro está determinado ou podemos nós condicioná-lo para que ele seja aquilo que queremos que ele seja? "Adeus tristeza", 1983 Letra e música: Fernando Tordo Na minha vida tive palmas e fracassos Fui amargura feita notas e compassos Aconteceu-me estar no palco atrás do pano Tive a promessa de um contrato por um ano A entrevista que era boa não saiu E o meu futuro foi aquilo que se viu Na minha vida tive beijos e empurrões Esqueci a fome num banquete de ilusões Não entendi a maior parte dos amores Só percebi que alguns deixaram muitas dores Fiz as cantigas que afinal ninguém ouviu E o meu futuro foi aquilo que se viu Adeus tristeza, até depois Chamo-te triste por sentir que entre os dois Não há mais nada pra fazer ou conversar Chegou a hora de acabar Na minha vida fiz viagens de ida e volta Cantei de tudo por ser um cantor à solta Devagarinho num couplé pra começar Com muita força no refrão que é popular Mas outra vez a triste sorte não sorriu E o meu futuro foi aquilo que se viu Na minha vida fui sempre um outro qualquer Era tão fácil, bastava apenas escolher Escolher-me a mim, pensei que isso era vaidade Mas já passou, não sou melhor mas sou verdade Não ando cá para sofrer mas para viver E o meu futuro há-de ser o que eu quiser

GOMO e LOTO em Abrantes

Não, não é a noticia de que GOMO e LOTO vão dar um concerto em Abrantes. É apenas uma (boa) lembrança do concerto que se realizou no Cine-Teatro S. Pedro (em Abrantes) a 24 de maio de 2004. Estavam nos top's nacionais e constituiam para mim no panorama musical nacional, algo de novo com bastante criatividade. Passei por lá. Levei o meu filho Francisco, na altura com 13 anos. E gostámos. Ficam para memória as fotos captadas nos lugares onde nos sentámos. Na altura tinha apenas uma minolta A1 que a 200 iso já acarretava ruido digital qb (para a época era quase um luxo). Como sou defensor da fotografia enquanto registo temporal mesmo em más condições em deterimento da "não fotografia" por falta de condições, ficam aqui registados esses momentos. Este concerto foi talvez a primeira "grande produção" da actual "SardoalEventos" http://sardoaleventos.com.sapo.pt/ na altura "J&B Produções".