terça-feira, 28 de abril de 2009

Pesadelo… talvez!

Acordei a meio da noite. Estava visivelmente transtornado. Afinal o Sardoal tinha-se enfeitado com os tapetes de flores nas capelas como costume e realizaram-se as habituais cerimónias religiosas ou tudo não passava de um sonho? Lembro-me de ouvir uma voz que invadia tudo á minha volta. E fazia eco. Não percebia bem o que ela dizia, o céu estava escuro, zangado, mas lembro-me de um dedo enorme apontado para mim e que se agitava para cima e para baixo. No fim vi-me forçado a tapar os ouvidos por causa do barulho de uma gargalhada sinistra. Havia pétalas de flores no ar e pessoas perdidas à procura não sei de quê. Estranho este sonho. Juro que quando abri os olhos ainda vi restos de cartazes de propaganda eleitoral no céu a andar á roda. Pareciam-me pessoas conhecidas. Aqui do Sardoal... Só descansei quando me levantei e vim ao meu “refúgio” procurar, entre os papéis, se tinha alguma brochura com a programação que se tem feito para a ocasião. Sim, lá estava ela. Parecia estar tudo bem. Afinal tinha sido um sonho. Uff. Ainda bem. Aqueci um copo de leite mas pelo sim e pelo não, ainda liguei o computador. Só queria ter a certeza se que tinha algum registo fotográfico que me fizesse estar mais descansado. Sim, lá estavam as fotos. Não tinha passado de um sonho. Fechei o computador, bebi o leite e voltei para a cama.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sardoal… com o “Expresso”!

Não é a primeira vez que o Sardoal é referenciado no jornal “Expresso”. Desde 20 de Março último que podemos ver um vídeo que refere uma escola do Sardoal na secção multimédia, matéria que mereceu também cerca de meia página na edição papel. Pode ver o video aqui: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/504130&sctx=1:10:sardoal:q:search Na semana passada o Sardoal apareceu de novo, num “Dossiê Especial” sobre o Distrito de Santarém. Claro que este suplemento tem um forte cariz promocional de grande interesse económico (quer para o jornal, quer para é referenciado). Apesar do jornal, para mim, ser ainda uma referência na defesa e promoção do trabalho fotográfico, mencionando sempre os seus autores de forma clara, estes suplementos “não ligam” a estas questões. Desde que a coisa se faça e seja, comercialmente compensador, (o que é senão não o fariam…) o resto parece não interessar. Polémicas e interesses comerciais à parte é sempre bom ver as minhas fotografias serem difundidas conjuntamente com um jornal, como o “Expresso”.

Uma lição de fotojornalismo e… humildade!

Hoje tive o privilégio se assistir a uma palestra/colóquio/encontro ou mais correctamente, a um “convívio” com o fotojornalista do jornal “Público”, Adriano Miranda. Não conheço, pessoalmente, muitos fotojornalistas nacionais mas conheço bastante bem “o trabalho” de grande parte deles. Há muito tempo que os acompanho na vertente editorial, pelo gosto que nutro pela área do fotojornalismo. Adriano Miranda faz o seu trabalho com muito gosto, paixão e profissionalismo. E com uma característica que já pouco se vê por aí: com humildade. Nada de vaidade ou “distanciamento” perante os outros por ser alguém com mérito e reconhecimento público na área. Em menos de 5 minutos éramos todos “amigos” e partilhava-mos experiências, desfazíamos dúvidas ou cimentávamos alguns conceitos que habitualmente nos anseiam e que dificilmente podemos “discutir” por falta de “intervenientes”. Quanto ao trabalho não preciso dizer nada. Vão vendo com atenção as letrinhas pequenas que geralmente estão colocadas próximos das fotografias. Entretanto podem acompanhá-lo numa perspectiva mais pessoal em http://400asas.wordpress.com/ (Peço desculpas pelo facto de este ser um post sem fotografias...)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Por esse rio acima… parte I

Festas de Nª Srª da Boa Viagem, Constância. Feriado Municipal, segunda-feira, 13 de Abril. Pela primeira vez nestas festas, fiz a viagem de barco, entre Tancos e Constância. A “boleia” foi a embarcação que veio da Moita, para participar nesta festa. Por agora ficam apenas algumas imagens dos preparativos, em Tancos.

A Dália e a Mila!

Tanto que me têm manifestado grande descontentamento por eu as fotografar todos os anos por altura da Semana Santa no Sardoal e nunca terem aparecido nem no boletim “O Sardoal” (publicação da autarquia) nem nos demais suportes de divulgação e promoção daquela quadra, que não resisto a fazer-lhes uma pequena homenagem fotográfica. Fica aqui registado em fotografia, o trabalho da Dália e da Mila que ano após ano, contribuem para a colocação dos tapetes de flores que fazem parte da tradição, na Procissão da Ressurreição, que se realiza no Domingo de Páscoa. Nesta primeira foto e da esquerda para a direita, a Mila e a Dália.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Mais duas mortes…

Ontem morreu um casal quando tentava atravessar, de automóvel, a estrada N2 no perigoso cruzamento do Pisco. Vinham de Entrevinhas para o Sardoal. Uma viatura que circulava na N2 colheu-os de forma irremediável. Uma das coisas que me faz confusão é que, devido à perigosidade daquele local e depois de várias pressões lá se conseguiu que o IEP colocasse lá uns semáforos. Mas há meses e meses que não funcionam (talvez mais de uma ano). Têm estado em pisca-pisca amarelo sem que ninguém se importe com o facto. Hoje passei por lá para fotografar o local. E até o ditado popular “depois da casa assaltada, trancas na porta” que reflecte um pouco a nossa mentalidade de andar a “reboque” das desgraças em vez de preveni-las, deixou de ser seguido à letra. Os semáforos lá continuam, no seu pisca-pisca amarelo habitual, como se nada se tivesse passado. Quantas mais vidas serão precisas sacrificar para que este problema se resolva? No fim de semana passado a comunicação social referia os números da operação Páscoa que eram emanados pela “estatística governamental” com algum tom de consolo (de quem trabalhou para isso): o número de mortes era inferior ao registado no mesmo período do ano passado. Mas ninguém ligou ao maior número de acidentes em relação ao mesmo período, que aumentou significativamente, agravado pelo facto de eventualmente, haver menor número de viaturas a circular em relação ao ano passado, como também tem sido avançado pela comunicação social, devido à crescente crise que nos tem assolado. Não há mais mortes na estrada porque os automóveis estão mais seguros e aguentam outro tipo de embates que antes davam quase “morte certa”. Isto só reflecte que estamos a conduzir cada vez pior, com menos civismo, desrespeitando o código da estrada, mais excesso de velocidade e com menor atenção ao que estamos a fazer. E no caso deste acidente, vendo as condições em que se deu, uma coisa é certa: com semáforos ou sem semáforos, ninguém respeita os limites de velocidade indicados pela sinalização vertical, existente antes do cruzamento: 50 km/h. A esta velocidade e apesar da visibilidade ser má, estou em crer que o condutor que embateu na viatura que atravessava a N2, teria tempo mais que suficiente para reagir sem grandes aparatos de manobras de imobilização da sua viatura, se seguisse... a 50 km/h.

terça-feira, 14 de abril de 2009

A festa… vazia!

A cobertura fotográfica de uma festa pode-nos remeter, á partida, para um registo dos seus momentos mais marcantes. Mas em linguagem fotográfica o trabalho é diferente se os mesmos tiverem de ser feitos para fins fotojornalísticos, documentais, para o concurso que a autarquia estava a promover, ou tão simplesmente porque nos apeteceu fotografar determinada perspectiva ou “visão”. Porque fui convidado a fotografar a subida dos barcos desde Tancos até Constância embarcando no rio Tejo e atracando no rio Zêzere, por ocasião das Festas de Nª Srª da Boa Viagem em Constância, dei por mim em plena Vila, às 8,30 horas num cenário vazio e impessoal que no dia anterior tinha estado completamente repleto de gente, musica, vida e movimento. Não havia pessoas e a música dava lugar ao silêncio. Ficam aqui algumas imagens que pouco tempo depois já seriam impossíveis de registar.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Fotografia em cuncurso

Festas de Nª Srª da Boa Viagem, Constância.
Dias 11, 12 e 13 de Abril.
Regulamento do concurso em http://www.cm-constancia.pt/

terça-feira, 7 de abril de 2009

A Semana Santa no Sardoal

Gosto muito do Sardoal. Nasci e trabalho cá e sempre contribuí para o engrandecimento cultural desta terra. Faço parte do GETAS quase desde a sua origem, vai para bem mais de 20 anos. Muitas horas ocupadas em prol do desenvolvimento cultural e artístico deste concelho (e não, não fui o único). E foi aqui que comecei a fazer as minhas primeiras fotografias de reportagem, primeiro com uma máquina emprestada pelo amigo Luís Gonçalves (uma Yashica de telemetro) e mais tarde com uma Zenith comprada em segunda mão. O GETAS comprou entretanto um laboratório a preto e branco ao Sr Jorge. Era tudo artesanal (o ampliador tinha sido construído por ele). Tinha de esperar que o pessoal fosse todo embora da sede do GETAS, o "Atrium", para que pudesse montar tudo e ampliar as fotos para o boletim com mesmo nome. Vendo agora a coisa de longe tenho, em registo fotográfico, mais de 23 anos de história e cultura sardoalense. E Semanas Santas estão cá muitas, devidamente documentadas, a preto e branco e a cores, em negativo e agora em digital. Mas agora deixo-vos com algumas imagens de anos recentes. O trabalho de digitalização está a fazer-se aos poucos. Estas imagens foram escolhidas aleatóriamente de entre os três discos rigidos ( 2 terabites) que tenho aqui ao lado e que constituem o meu arquivo digital mais recente.