
Está sempre presente um olhar muito pessoal, um pensamento, uma ideia, uma opinião ou uma critica, sempre que espreito através do visor da máquina fotográfica.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
E o tamanho conta?
Claro que o tamanho conta. E o Aspecto também.
Não sejam maldosos e não estejam já a pensar que este blogue como diz lá em cima é sobre fotografia e que o autor já está a falar de tudo o mais, menos de fotografia.
Eu explico.
Tenho feito muitas reportagens fotográficas de casamentos e baptizados para amigos numa perspectiva assumida de “reportagem”, isto é, documentar o que acontece sem interferir na cerimónia. Mas também tenho sido convidado muitas vezes a fazer parte do grupo de amigos privilegiados que querem que nós estejamos perto deles para festejar o seu casamento. E claro que estou sempre atento ao trabalho que os outros fotógrafos vão fazendo.
E tenho reparado que a reacção de muitos Senhores Padres ao aspecto e tamanho do equipamento fotográfico por vezes, não é uniforme.
Um tipo com uma máquina fotográfica grande, deve ser profissional. Logo fica na mira e sobre vigilância atenta.
Uma dúzia e meia de amigos engravatados dos noivos, com compactas digitais fotográficas e de vídeo são amadores. E por isso ninguém lhes liga. Podem até andar onde o profissional nunca ousaria andar.
Reconheço que muitos profissionais (?) quase montam autênticos estúdios fotográficos portáteis nas Igrejas e por isso devam ser “controlados”, quer pelo exagero e excessivo protagonismo que acabam por ter na cerimónia, quer pela falta de respeito pelo local e pela cerimónia em si. E estou de acordo com algum controlo que se queira impor aos profissionais (?) no seu geral.
E coloco o (?) porque penso que um verdadeiro profissional de fotografia deveria pensar sempre que a ética e a deontologia também deviam ser “ferramentas” do seu trabalho.
E tenho algum orgulho em me ter cruzado com muitos Senhores Padres da minha região dos quais nunca tive um reparo sequer sobre a minha conduta neste tipo de Cerimónias.
E posso referir muitos deles: Padre José da Graça, Padre Pedro Tropa, Padre Francisco Valente, Padre José Carvalheira, Padre Luís Baptista, Cónego António Esteves e mais alguns que já não estão entre nós como o Padre Rodrigues Vermelho, Padre André Pinheiro ou Padre Sousa e mesmo em cerimónias que contava com a presença do Senhor Bispo que esteve até á pouco tempo nesta Diocese, D. Augusto César.
Entendo que o que faz o verdadeiro repórter é o facto e a capacidade de poder passar despercebido e fotografar as emoções e os acontecimentos sem ser notado.
Não fosse ter de transportar um equipamento tão grande, muita gente nem sequer se aperceberia que ali estava um repórter fotográfico.
E se por acaso algum dos Senhores Padres acima mencionados não se lembrar de mim, só quer dizer que o meu trabalho foi mesmo discreto.

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