Deixando esses aspectos e apenas por curiosidade a fotografia utilizada para o cartaz da exposição e para os convites foi uma prova de emulsão de escurecimento directo de gelatina.
A fotografia foi executado pela equipa Telmo Mendes (na foto) e Paulo Sousa (fotografo) em chapas de grande formato (18x24 cm).
O processo de emulsão de escurecimento directo consiste na produção de uma emulsão produzida por nós, numa panela quente, com água e gelatina. Os sais de prata e outros são acrescentados aos poucos, mantendo a temperatura e fixando os tempos e a sequência dos ingredientes.
Quando os sais de prata que estão sensíveis à luz são gerados, passamos a trabalhar no escuro apenas com uma luz vermelha e as operações tornam-se difíceis. Depois de pronta a emulsão, que se parece com leite desnatado, é lançada sobre a folha de papel (que foi dobrada para constituir um “barco" e reter o liquido sem transbordar).
Cada folha é seca no escuro, com a ajuda de uma ventoinha, que auxilia a secagem.
Depois a prova é impressa ao sol em contacto directo com o negativo (18x24 cm) e a imagem forma-se directamente por acção da luz, sem revelação.
Este tipo de emulsão foi praticada em todo o mundo, depois de 1880.
Muitos dos retratos desse período foram assim produzidos.
(Informação retirada das três folhas A4 que substituíram o catálogo da exposição sobre Processos Alternativos)
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