sábado, 15 de janeiro de 2011

A árvore que dava sonhos

Naquela tarde, o velho Artur tinha sido confrontado com a pergunta que Ana e António lhe tinham colocado.
Os seus 95 anos adivinhavam uma solução sensata, madura e ponderada e que pudesse funcionar como a verdade e o alento que eles tanto procuravam.
Com cerca de metade da idade de Artur, apenas queriam saber a sua opinião sobre o caminho que ambos tinham proposto calcorrear, tantas eram as suas dúvidas.
O velho Artur depois de os ouvir, apontou para uma velha e escura árvore situada ao fundo do quintal e perguntou-lhes:
- Vêem aquela árvore?
- Sim - disseram eles – é uma árvore esquisita e diferente acrescentou Ana.
- Sim. Diferente, reforçou Artur. Dá frutos diferentes.
- Diferentes como, perguntou António.
- Dá frutos que só acreditando neles é que vemos que é possível existirem. É uma árvore de sonhos!
Os dois entreolharam-se, deram as mãos e deixando transparecer a sua admiração António perguntou:
- E como sabemos se esses sonhos…
- Basta pensarem nos vossos sonhos e olhar para ela, interrompeu Artur. Se virem aquilo que sonharam é porque vocês acreditam em vós próprios e não precisam da ajuda e da opinião de ninguém.
Ana e António foram até á arvore e saíram logo a correr, despedindo-se de Artur com grande alegria.
Entretanto Artur com a ajuda da frágil bengala que o acompanha desde a sua juventude foi até junto da árvore e sonhou com o brinquedo que tanto quis ter quando era criança!


1 comentário:

  1. Olá PAULO
    Gosto desta versão da Árvore dos Sonhos!
    As conversas em torno daquilo que nos une são sempre de louvar.
    Fico feliz que queira copiar a ideia.
    Abç
    g.j.

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