Naquela tarde, o velho Artur tinha sido confrontado com a pergunta que Ana e António lhe tinham colocado.
Os seus 95 anos adivinhavam uma solução sensata, madura e ponderada e que pudesse funcionar como a verdade e o alento que eles tanto procuravam.
Com cerca de metade da idade de Artur, apenas queriam saber a sua opinião sobre o caminho que ambos tinham proposto calcorrear, tantas eram as suas dúvidas.
O velho Artur depois de os ouvir, apontou para uma velha e escura árvore situada ao fundo do quintal e perguntou-lhes:
- Vêem aquela árvore?
- Sim - disseram eles – é uma árvore esquisita e diferente acrescentou Ana.
- Sim. Diferente, reforçou Artur. Dá frutos diferentes.
- Diferentes como, perguntou António.
- Dá frutos que só acreditando neles é que vemos que é possível existirem. É uma árvore de sonhos!
Os dois entreolharam-se, deram as mãos e deixando transparecer a sua admiração António perguntou:
- E como sabemos se esses sonhos…
- Basta pensarem nos vossos sonhos e olhar para ela, interrompeu Artur. Se virem aquilo que sonharam é porque vocês acreditam em vós próprios e não precisam da ajuda e da opinião de ninguém.
Ana e António foram até á arvore e saíram logo a correr, despedindo-se de Artur com grande alegria.
Entretanto Artur com a ajuda da frágil bengala que o acompanha desde a sua juventude foi até junto da árvore e sonhou com o brinquedo que tanto quis ter quando era criança!
Olá PAULO
ResponderEliminarGosto desta versão da Árvore dos Sonhos!
As conversas em torno daquilo que nos une são sempre de louvar.
Fico feliz que queira copiar a ideia.
Abç
g.j.