Lembro-me ainda de o ter visto, pela ultima vez, em Abrantes.
Já lá vão muito anos. Certamente mais de duas décadas e meia.
Mas no domingo passado, numa visita á Feira de Santa Iria em Tomar e lá mesmo no fim do recinto, no final de todos os outros divertimentos em que experimentamos sensações ao vivo, subindo e descendo um carril a alta velocidade ou nos tradicionais carrinhos de choque, lá estava ele, o Poço da Morte.
Aproximei-me e olhei aquela moto sobre três rolos, que serve de chamariz para as pessoas. Foi como que um flashback.
Num ímpeto estava a comprar os bilhetes para subir lá acima, ao topo do poço.
Foi rápido. Num instante estávamos lá em cima a olhar para o interior daquela frágil estrutura em madeira, com duas motos lá no fundo, misturadas com várias embalagens de combustível e óleos parcialmente iluminados por uma rampa do poço que estava aberta e que servia de entrada e saída dos "artistas".
E eu, regressava assim, ao mundo da fantasia...
Por curiosidade o senhor mais velho que também arrisca a vida numa das motos e que anda várias voltas com o rosto tapado com uma bandeira portuguesa e com as mãos no ar tem... 81 anos.
Em ar de final de post e depois de ouvir as noticias na TV sobre a situação do nosso país e o que significa ser português... começo a pensar que "mais vale o Poço da Morte que tal sorte!"...
(Obrigado Sérgio Godinho pela inspiração para este final)
"Arrojo, audácia e desprezo pela vida"
ResponderEliminarEste era o pregão dos motard's do poço da morte...